FUN
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Apesar de seu entusiasmo e do de seus alunos, Freud pôde experimentar a incapacidade da psicanálise em trazer qualquer melhora que se pudesse esperar para a vida moral e para a organização social. Ele foi inclusive levado a qualificar seus companheiros de “escória” (agradeço desde já a quem me disser o termo alemão usado) e a história do movimento em torno dele é a das revisões permanentes feitas para desestabilizá-lo e desacreditá-lo. Reconheçamos que o fato de ter que entregar sua herança intelectual a uma de suas filhas, analisada por ele próprio e lésbica de quebra, além de desmedidamente obsessiva, dá testemunho de uma paranoia que marcou a doutrina.
É claro que Lacan tirou a lição de uma situação que ele teve imediatamente que suportar, mas, apesar do extraordinário sopro de ar introduzido por seu avanço, não teve melhor êxito, e a lição de seu trabalho, bem como a dos grupos que o exploram, não parece melhor.
O nosso é exceção? Se levarmos em conta o aspecto sombrio e os sombrios prognósticos daqueles cujo olhar está fixo no meu futuro, pior, da minha pessoa, tudo já está ferrado.
Bem, vamos começar com a minha pessoa. Ela se distingue pelo que foi sua incapacidade de descolar do ponto a que fomos levados para abordar a questão: será o sintoma a fatalidade do falasser?
A julgar pelo nosso resultado: com certeza. Mas talvez seja principalmente o meu, o seu, com o que, mesmo que apenas por FUN, há muito o que fazer. Assim só posso desejar que o FUN seja diretor dos investimentos por vir. Isso certamente vai me alegrar.
Les responsables pour la traduction sont Eduardo Rocha, Monica Magalhães, Maria Idália de Góes, Simone Gryner e Marcelo J.de Moraes (cartel de traduction du Espaço-Oficina de Psicanálise)