Em memória de Antônio Carlos Rocha
2024

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MACHADO Fernanda
Hommages
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Encontrei Antonio Carlos Rocha no Tempo Freudiano, Rio de Janeiro, onde trabalhei por 15 anos, e aonde, com ele, pude experimentar a transmissão da psicanálise. Uma história, qualquer história, é complexa, feita de muitos momentos e muitas nuances, não é una, é feita de divisão, como não gosta de saber nossa boa e velha neurose de sempre. Dessa história com Antonio Carlos, dividida, partida, fico, também dividida, com as últimas palavras que recebi dele, que foram de suporte, de aposta e encorajamento no trabalho com a psicanálise. De dentro dessa divisão, sou grata por isso, pela transmissão da psicanálise, pela referência à ALI (ainda que essa referência seja muito particular e específica para cada um), e por poder dizer mesmo quando era muito difícil dizer. A abertura nunca esteve lá, dada, nem nunca estará. O ato – o dizer – é sempre um atravessamento.